quarta-feira, novembro 20, 2013

A nessidade que o tempo não apagou.

Palavras bonitas, de certo aflitas...

Quanto tempo eu levei pra juntar todos os pedaços, pra colar tudo e tentar transformar o que tinha se quebrado em algo melhor. E, percebendo tudo a minha volta, eu virei pó.

Nada nessa vida é pra sempre, sendo que tudo vai virando um bola de neve. Até explodir. Tudo se tornando forma de saudade. Uma saudade de palavra. De um sorriso qualquer. De um olhar fixo. Do ódio. De uma afliçãozinha no peito. E do nojo que costumava ser sentido.
Aí me perco procurando palavras que pudessem me consertar e que, quem sabe um dia fizesse com que tudo isso não fosse mais do que um resfriado.

Um resfriado daqueles que te deixa mal por uma semana, te deixa sem respirar, interrompe teu sono e te segue por todos os lugares. (Não que essa analogia tenha feito algum sentido, mas é bem assim).
Um resfriado de verão, que vai passando como a chuva. Que tem altos e baixos, como a vida. E que tem feição de que vai passar, mas se afeiçoa tanto que a gente deixa voar, mas não consegue esquecer.

Aos olhos do tempo, tudo ficou meio cinzento. Passamos tanto tempo sem vir aqui e voltamos com o mesmo assunto. Um amor frustrado e inacabado. Um rascunho que não sei vai.

E no meio fim, se me perguntarem, direi que desisti. 
Se falarem sobre, foi um erro seu. 
E se ignorarem, (des)culparei. 
Culparei a mim, a ti, a nós. 
Culparei a todos por termos feito ser-nós. 
Culparei a vida, a querida e a ida.