A
dor era infinita. O medo era incompreensível. Tudo era tão real no
sonho. A angústia era o mais verdadeiro de tudo. Não sei explicar.
Sei que acordei chorando, com a blusa inteiramente molhada.
Encharcada de lágrimas tristes.
Costumo dizer que quando chove a minha alma se renova e que quando eu
choro a mesma se lava. E como entender quando os dois acontecem no
mesmo tempo?
Me
deitei no sofá com a chuva. Não pretendi adormecer. Acordei em
desespero. Sem ninguém para acalantar a minha alma. Eu só queria
ver e ser abraçada por uma pessoa, na qual tinha sonhado.
Sonhei
que ele tinha feito algo muito errado e que quando perguntado se era
verdade, não negou. Ele tinha realmente me magoado. E isso foi o
estopim do meu colapso nervoso. Meus sonhos não tem voz. Eu ouço
(leio as entrelinhas) os pensamentos das personagens. Sei que gritava
rispidamente. Então, ele decidiu então terminar tudo. Se dizendo ser o
podre e eu a certa.
Quando
acordei estava ali, encolhida, derramada em lágrimas.
Incessantes gotas que não se findavam nem com o calor do melhor urso
de pelúcia. Poderosos sonhos esses, que nos fazem gritar, suar... e
chorar.
Alguns
dizem que sonhos são junções do que passamos. Outros, que sonhos
são projeções do que vamos viver. Existem até sonhos
premonitórios. Os meus não falham. Nunca erraram. Só que de
repente eles estão me fazendo mal demais.
- "Acordei com vontade de você, mas só tinha travesseiro".