E
quem sabe eu tenha pago na mesma moeda por fingir demais tantos sentimentos.
Um
dia em um jardim com algumas flores, o sol e uns amores. Outro dia
uma decepção. O mesmo jardim, sem o sol e com espinhos.
Rosas
emaranhadas em espinhos doloridos. O amargo do mundo e um saquinho de
dor.
A
saudade vinha e eu ia. A saudade ia e eu ficava. A saudade ficava e eu
surtava. O surto sumia e me fazia bem. A vida vinha e eu parava. A vida parava e
eu permanecia. A luz passava e eu morria.
A
morte vinha e me levava. O óbito acompanhava a alma, por isso morte em
vida. A alma regrava tudo. O fechamento e regeneração de sentidos. A
falta e a sobra dos sentimentos. Era pouca compreensão para muito
sentir. Era pouco sentir para muita reciprocidade. Contraditório era, mas
a bem da verdade é que nem tudo eram só rosas no jardim.