quarta-feira, outubro 17, 2012

Livra-me de todos os diabólicos azares.


Pra que se esconder se o amor é livre?



Eu sempre quis te conhecer, tentar te aceitar e tentar te ter, mas não cabe a mim todo o teu tamanho. A minha obsessão por ti me faz cair aos teus pés e rastejar pelo teu conforto. Eu costumava amar tudo o que eu relacionava ao amor, até ele próprio, porém te manter em paz é tão mais apaziguador que todos os calmantes possíveis.
Não gosto da ideia de ter certeza que você é maior que o meu corpo e que a minha essência sem ti é nula, fora o fato de que perder o vazio é puro empobrecer.
Eu te deixo livre pelo acalanto que tu me traz. Sofro por essa tua dimensão muito mais do que pela forma do meu super ego. Mesmo assim, te guardo em todo o espaço que posso chamar de meu,  minha alma.

quarta-feira, outubro 10, 2012

Madrugadamente fei(t)o.

Eu queria tanto que você não fugisse de mim, mas se fosse eu, eu fugia.


Esse anseio por alguém,
Essa vontade de falar,
Essa solidão.
Madrugada, por que tão cruel?
São tantas redes sociais para tão poucas pessoas no alto da noite.
Me sobram léxicos, me faltam ossos.
Silêncio, por que insiste em ficar?
O som do nada é a gente mesmo.
Melancolia e tristeza, facilmente confundida com fome.
Viver é muito perigoso. É dificultoso.
E quando escrevo não sigo padrões, só revivo.
Toda madrugada é uma passagem, mas a falta de alguém para conversar é uma sacanagem.

quarta-feira, outubro 03, 2012

Não sou autora de mim mesma, mas adoro inventar coisas.


Uma vez.
Uma vida.
Uma voz.
Uma vida em uma vez com uma voz.
Uma voz, uma única vez em uma vida.
Ou quem sabe um tom.
Um som
E um edredom.
Um edredom com o teu tom e com o meu som.
Um tom com o teu som, sem edredom.
Um som na minha vida, uma vez com a tua voz.
Ou quem sabe até um partilhar de nós.