quarta-feira, setembro 26, 2012

Posso te sugar?

Palavras que o seu olhar só diz pro meu e que mesmo assim demoro pra entender.




Moço, durante tudo o que eu já passei nisso que eu chamo de vida, nunca fui muito educada. Nunca fui o exemplo de garotinha mimada que tinha aula de etiquetas e que frequentava aulas de ballet. Sempre fui o capeta que pintava e bordava, porém do sexo feminino.
Só que o que me incomoda é a capacidade que tenho de ser delicada quando entro em contato com o teu corpo. Eu me transformo. Toda a minha delicadeza e gentileza é usada contigo. Minhas mãos deslizam sobre cada pedaço teu, cada toque é como se fosse sempre um ápice e o meu friozinho na barriga junto com teu sorriso fazem com que eu me sinta completa.
Só que às vezes, eu canso de existir, canso de viver a minha vida, fico achando que nada mais pode me fazer bem e que tudo é tua culpa (ou até não é). E eu acabo ficando com nojo de todo o meu amor. Asco mesmo. Aquela vontade súbita de te matar e fazer com que tudo não passe de um mero acidente... Mas daí, incrivelmente, você sorri pra mim, você toca a sua mão na minha e eu derreto. Toda a dor some.
Acho que sou complexada. já nessa idade, idealizei o amor e depois me desfiz de tudo o que pensava ser o tal amor e com isso tenho certeza de que o ele é muito sacana comigo e a minha única vontade em meio disso é sugar todo o teu amor, cortar em pedacinhos e te amar só um pouquinho, assim, sem exagero, mas de que isso é válido?
Eu não sei qual é a dimensão do teu amor, só sei da suga-cidade que você tem por mim.


quarta-feira, setembro 19, 2012

Brancura que não é ternura.

Eu sei que você vê dentro da pequena menina que costumava se esconder e chorar...


Ela é tão branca que sem maquiagem sua estrutura não tem forma.
Sem sombra, ela não vê.
Sem batom, ela não fala.
Sem blush, ela não sorri.
E sem perfume, ela não existe.
De tão ingênua e quieta chega a ser ridícula, mas com algum destilado em seu organismo vira verborrágica e safada.
Não tem nada a ver com inspiração, é pura expressão sofrida.
Cerebral, porém insignificante e assim sobrevive psicologicamente nessa sociedade intimista e vazia.  

quarta-feira, setembro 05, 2012

Você.

Se a lenda dessa paixão  faz sorrir ou faz chorar o coração é quem sabe.


Você é o único que consegue me fazer ter ataques de raiva e depois me acalmar com um olhar. O único que me dá segurança por um minuto e o mesmo que me deixa despencar por uma eternidade. Aquele que me deixa feliz quando me faz bem, mas quando faz mal, me traz de volta à vida.
Eu, às vezes, eu duvido muito que seja amor por doer demais. 
Estranho, porque em um minuto quero te estrangular e no outro te agarrar na esperança de que não vá embora. Incompreensível.
Nem sei se gostaria de estar em outro lugar, em outro tempo, porque isso me assusta e me custa ter incertezas. Não gosto dessa coisa de ter razão e não saber usar. Não gosto dessa coisa de querer não ter coração e só saber sentir. 
 Meu amor é diferente, meu ódio é eufemismo pra amor , o que eu tenho é sinônimo pra penar,  porque eu gosto do perto e você insiste em ficar longe, mas insisto em deixar essas loucuras dentro de mim, pena que eu escrevo.