Antes que as portas se fechem, quero que isso chegue ao fim.
E continuar aguentando é o que me faz ser firme. Não há para onde ir. Não tenho como ceder.
Ceder seria, mais uma vez, pegar a sua mão quando fica frio. Tentar passar o meu calor. Tentar apenas ser forte.
Acostumando-me com a dor, que não passa. Chegando a hora que não dá mais, perdendo o controle. Explodindo e por mais que eu esteja aqui, só se trata da verdade. Nada que possa ser dito ou feito.
Tão longe, que eu gostaria que você estivesse aqui e tão perto, que eu gostaria que você estivesse lá. Ainda segue sendo prisão, mas acho que eu consigo. Consigo o quê? Só consigo.
É notável que nada muda o destino, nada muda (entre)olhares e nada muda sentimentos. Nem o tempo. E eu já me acostumei a doer. Tão me acostumei que parece que quando não tenho dor no peito, é como se eu estivesse vazia por dentro, mas de verdade, a dor é que me fez ser vazia, por alienação.
Uma dorzinha de sexta, o que chega a ser pior do que de quarta.
muito bom!
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