quarta-feira, novembro 14, 2012

Amor é bullying.

"Ah, ele puxa o seu tapete. O amante? Não, o amor."
(Alícia Roncero)



Amar é doer em si mesmo. Muitas vezes, o amor atrapalha e todas as vezes o amor não é bonitinho. O amor corta, grita, dilacera, clama e o amor é sacana. Talvez o amor tenha gosto de café, mas daqueles bem aguado. O amor é podre e há quem diga ainda que amar é um passo para enlouquecer.
É... O amor é ridículo. O amor não é o céu, mas é pior que o inferno. O amor é físico, quem sabe até químico. O amor incomoda, é paradoxal, o amor ama e sim, o amor dói. 
Se na vida é bom apanhar, às vezes, o amor é quem bate. Xinga, ri da cara dos outros, gargalha da alma e cospe pra cima. Faz sofrer com essa capacidade de humilhar.
Levar um tapa do amor é se perder em si mesmo. É doer dentro e fora. Sangrar, vomitar e ter ataques epiléticos. Tudo porque alguém um dia disse que é preciso amar para ser feliz. Muito traiçoeiro isso. Ainda sigo achando que o amor vira o mundo de cabeça pra baixo. Amar é tortura. Amar é viver o presente, deixando o passado livre e esperando os melhores dos futuros próximos. Amar traz saudades até que boas, mas faz coexistir a nostalgia que acomete mais a repulsa do próprio amar. Não sei se o amor existe mesmo ou é coisa de gente à toa, mas que seja. Sou uma à toa então.  


Autor do título: O Provinciano.

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